segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Bazar Beneficente na Igreja de Tsukuba


Em nome do Comitê Internacional da Igreja Católica de Tsukuba, gostaria de convidar a todos para participar do Bazar Anual, conforme detalhes abaixo:
Data: 19 / Outubro / 2008
Local: Igreja Católica de Tsukuba (em Teshirogi, próximo ao Hanamasa)
Horário: - Missa conjunta: 9:00 - 10:00 h
- Bazar: 10:00 - 13:00 h
Por favor veja maiores detalhes no panfleto (em ingles) acessando a página abaixo:
Gostariamos de avisar também que doações em prol do Bazar Beneficente serão aceitas na própria Igreja Católica de Tsukuba, entre os dias 4 e 17/Outubro.
Alertamos que roupas usadas, assim como móveis ou eletrodomésticos grandes (tais como geladeira, TV, computadores, lavadoras de roupa) não serão aceitos.
Para maiores detalhes (em inglês) sobre as doações, favor acessar a página abaixo:
O Comitê Internacional gostaria de contar com a colaboração de voluntários Brasileiros, dispostos a organizar uma barraquinha com pratos tipicos da culinária brasileira (churrasco, salgados, doces, bolos...). O menu ficaria a critério dos voluntários.
Caso voce esteja disponível neste dia, venha colaborar com a Igreja Católica de Tsukuba!
Interessados, favor entrar em contato diretamente com Elvie Suto (celular 090-6544-4140), ou Colm Rafter (celular: 090-7824-1442).

Agradecemos antecipadamente pela colaboração, e contamos com a presença de todos no Bazar!
Marcos Neves

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Pensamento Jovem

Ser feliz é sentir-se útil
必要とされる場所で生きること = 幸せ -Hitsuyouto sareru basho de ikirukoto = shiawase
Quem eu sou
Meu nome é Nanci Lissa, tenho 25 anos, sou nikkei nissei (filha de japoneses), nasci no Rio de Janeiro, passei parte da infância em São Paulo, e moro há 17 anos no Japão. Desde o nível fundamental até o superior estudei no Japão e hoje trabalho no Atmark Inter-Highschool, uma escola internacional por correspondência. Falo japonês, inglês e português, mas acho que minha proficiência em todas elas ainda é desejável. Gosto de esportes, tais como basquetebol, voleibol, tênis e também sou fã de um karaoke.
Vida no Japão e identidade cultural
Vim ao Japão com meus pais quando tinha 9 anos de idade e entrei numa escola japonesa. Na época, falava e escrevia português, mas com o passar do tempo, fui esquecendo o idioma, pois em casa também falávamos em japonês e não tínhamos contato algum com a comunidade brasileira. No início trocava cartas com minhas amigas brasileiras, mas sentia vergonha por não escrever corretamente e parei de me corresponder.
Ao entrar na faculdade, procurei ter mais contato com brasileiros e, assim, comecei a participar de um grupo de voluntários que ensinava português a crianças brasileiras na região de Tsurumi, Yokohama. Dediquei-me por dois anos a crianças do chugakko (ginásio), ajudando-os nos estudos e ouvindo os seus desabafos.
Como eu cresci no Japão e não sabia nada sobre o meu país de origem, vivia procurando um meio de voltar ao Brasil e conhecer melhor a mim mesma também. Finalmente, em 2005, através do Dr. Daisuke Onuki, de uma ONG brasileira (hoje professor da Universidade de Tokai, Kanagawa) tive a oportunidade de trabalhar por 7 meses como voluntária da Associação Comunitária Monte Azul em São Paulo e viajar pelo Brasil afora.
Formei-me na faculdade em 2006 aqui no Japão, e atualmente trabalho num colégio (segundo grau) por correspondência e internet onde começamos o atendimento em português recentemente. A situação dos jovens e crianças filhos de migrantes aqui no Japão é complexa. Eu me preocupo muito com o futuro deles. Por esse motivo escolhi trabalhar no ramo de educação, pois quero ajudar aqueles que passam pela mesma dificuldade que passei.
Brasil versus Japão
Há coisas que gosto e não gosto no Brasil e no Japão. Adoro o calor do povo brasileiro, mas é triste ver a enorme diferença social no país. Uma das coisas que mais gosto no Japão é a comida saudável, mas detesto a indiferença dos japoneses.
Hoje em dia sinto que tenho várias opções sendo uma nikkei brasileira. Conheço os dois países, e posso me comunicar em vários idiomas. Porém, me sinto prejudicada por não ter direito ao voto aqui, apesar de ter crescido, morar e trabalhar no Japão. Apesar dos prós e contras, poderia morar em qualquer um dos dois países, desde que tenha algo para fazer. Viveria feliz em qualquer lugar onde me sentisse útil de alguma forma.
Sabedoria jovem
Se a criança/ jovem vive no Japão, acho muito importante estudar o idioma japonês e completar os estudos em escola japonesa. Mesmo que um dia voltem ao Brasil, ainda será possível reestudar o português e correr atrás de alguma chance. Seja como for, acho essencial terminar os estudos em algum lugar para não sentir-se incompleto. Não podemos abrir mão do estudo e de lutar pelos nossos sonhos. Para todo problema existe uma solução e oportunidades sempre surgem se você não desistir.

Artigo de Nanci Lissa Miyagasako - Escrito por Cintia Niva

quinta-feira, 15 de maio de 2008

CARTA DE UM JOVEM ... PARA OS JOVENS

Por amor e não pela dor
Escrevo para falar um pouco sobre os enganos e os caminhos errados, que eu e muitos seguiram até chegar aqui, e abrir os olhos e ver que o que realmente importa e tem valor em nossas vidas não é nada daquilo. Que gastamos boa parte da nossa juventude com coisas erradas, coisas que só trazem dor e arrependimento, e o recomeço, com certeza é bem mais difícil.
QUERO TUDO!
Tudo acontece mais ou menos assim: Conseguimos nosso primeiro emprego muito cedo, de repente nos vemos com dinheiro no bolso e tudo o que queremos ao nosso dispor, tanto coisas boas, como coisas ruins. A gente começa a se achar dono da situação, e tudo que é contra a nossa vontade, simplesmente ignoramos, não escutamos o certo, pois o certo, na maioria das vezes é muito chato complicado para nós. Queremos tudo muito rápido e fora de tempo, dirigir, beber, baladas... e por aí vai: e é nessa pressa de descobrir o mundo que acabamos descobrindo as companhias erradas, drogas, roubo e por fim a cadeia.
NO FUNDO DO BURACO
O pior erro do adolescente é experimentar as drogas, outro erro pior ainda é achar que pára quando quiser. Todos pensamos assim no começo e é porisso que nos viciamos, vamos cavando um buraco pouco a pouco, sempre achando que podemos sair, mas de repente vemos que está fundo demais, e se nenhuma mão se estender, a tendência é se afundar mais.
Drogas, só no final de semana, por diversão, depois alguns dias da semana, depois, todos os dias e em doses maiores e no final... crime e cadeia. A história é sempre a mesma, só mudam os protagonistas.
COMO DÓI O ARREPENDIMENTO
Hoje, aqui, penso, vejo e reflito sobre tudo que fiz, e como dói o arrependimento: tantas coisas que podia ter feito e não fiz, quanto tempo gasto em coisas erradas. O pior é ver que errei tanto, procurando por coisas que me trouxessem felicidade e vejo agora que a verdadeira felicidade está nas coisas simples, coisas que o dinheiro não compra. Que a visão que tinha das coisas simples, simplesmente estava errada. (...)
LUCIDEZ E LIBERDADE
Vocês que estão aí fora e tem uma vida toda pela frente, jovens e cheios de saúde, não esperem perder a liberdade para saber como é bom acordar e saber que tem um dia inteiro pela frente, uma nova chance e só depende de você. Não espere se viciar em nada para saber como é bom viver na lucidez e não depender de nenhum desses que no final devoram até a sua alma, e para se livrar é um castigo todos os dias, e mesmo assim, você tem sempre a sensação de que tudo aquilo poderá voltar. (...)
DEPENDE DE VOCÊ
Saibam que tudo depende só de vocês. O certo é o melhor caminho em qualquer situação. Não deixem para entender isso através da DOR, mas sim, do AMOR.
Quem sabe, faz à hora, não espera acontecer
... precisamos aprender a ver um pouco mais a frente, e não procurar satisfação momentânea: às vezes o amargo hoje pode ser doce amanhã. Paciência com o que não se compreende .
Não precisamos provar nada a ninguém. Cada um é cada um com os defeitos e qualidades e o resto é fruto do que se faz e aonde quer chegar.
Coragem não se prova através de coisas erradas, coisas que muitas vezes, na visão de alguns jovens é sinal de valentia e tal, mas na verdade é pura bobagem, erros que a falta de compreensão e idade nos expõem.
Aqui dentro é triste a solidão, mas longe de tudo, aí fora, a gente vê e consegue entender muitas coisas, principalmente a dar valor a família e muitas coisas que perdemos. (...)
Pensem no futuro de vocês, não importa se você tem a sensação de que tudo está errado e que muitas vezes seus pais não são aquilo que você queria, faça você o certo.
Estudem e não se prendam na ilusão de trabalhar em fábricas, mas se trabalha, use seu trabalho para atingir seus objetivos: não viva simplesmente por viver, pois quem não tem um objetivo vai para onde a vida leva e muitas vezes esse lugar é onde eu e muitos estamos, por não ter feito o certo e tudo isso que digo nesta carta.
Muito obrigado, de coração!

"A presente carta foi escrita por um jovem de 26 anos que atualmente cumpre pena no Japão, por solicitação dos Agentes que visitam a Penitenciária, por considerar que sua experiência poderá ser um grande alerta para os jovens. Foram feitos pequenos ajustes, alguns subtítulos, e a carta foi dividida em duas partes, não na sua seqüência, mas segundo o assunto tratado."

Irmã Cazuko Horie, ccv.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Arubaito - ensinando japonês para crianças estrangeiras

Ola,
Parece que o numero de criancas estrangeiras que frequentam escolas publicas japonesas (shogakko e chugakko) esta aumentando. Uma empresa esta interessada em cadastrar pessoas que possam ensinar japones para essa criancas.

Requisitos:
- gostar de criancas e estar interessado em ensinar japones a elas;
- falar alguma lingua estrangeira (portugues, espanhol, coreano,tagalogo, chines, etc.)
- ter disponibilidade para frequentar 2 vezes por semana alguma escolapublica japonesa (shogakko ou chugakko) de Tokyo e dar aula de 2 horas.

O pagamento, etc. sera explicado na hora da entrevista.
Os interessados podem entrar em contato diretamente com o Sr. Uosaki da Human Relation, para esclarecer duvidas ou enviar curriculo. Favor dizer que ficaram sabendo da empresa atraves da E. Suenaga.

Eu ja dei aula de japones para 3 criancas brasileiras atraves dessa empresa, ha uns 7 anos, em Setagaya-ku. Quando uma crianca estrangeira entra no shogakko ou chugakko, a escola tem verba para o ensino de japones, mas o numero de aulas e limitado, cerca de 12 aulas. A escola, entao, entra em contato com a Human Relation. Acho que a empresa tem contrato com as escolas de Shinjuku-ku, Setagaya-ku, Chuo-ku, Ota-ku, Koto-ku e Taito-ku.

有限会社 ヒューマンリレーション
代表取締役 魚崎 宏
〒150-0022 東京都渋谷区恵比寿南1-13-10 
ハイグロービル301
TEL: 03-5721-2123
FAX: 03-5721-0175
email:
humanrelation@tree.odn.ne.jp

Obrigada,

E. Suenaga

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Nota do Pereglinker:
Apesar de ser um anúncio de arubaito, considero esse tipo de trabalho um ato de solidariedade para com as crianças estrangeiras. Além do aprendizado do idioma japonês, essas crianças também presisam de incentivo moral para que não desistam de estudar e lutar por um sonho, por mais difícil que seja a sua adaptação aos costumes e cultura do Japão. Acho que a pessoa que porventura pegar esse arubaito terá uma grande experiência de vida e aprenderá muito com essas crianças.

Dia da Mães - Mande uma mensagem aos presos


Prezadas Mães Brasileiras,
Uma saudação com apreço.

O dia das mães se aproxima e vocês merecem o carinho de seus filhos e esposos. Mas eu gostaria que vocês pensassem num grupo de pessoas que não vai poder saudar suas mães ou suas esposas no dia de vocês. São os presidiários brasileiros no Japão. Respondam esta pergunta:

- Se você tivesse, ou tem, um filho numa penitenciária, que mensagem você enviaria a ele no dia das mães?

Escreva sua mensagem envie para mim, o Padre Olmes (
peolmes@yahoo.com.br) até o dia 20 de abril. Irei transmiti-la a eles no próximo encontro. Não é preciso dar o nome completo.
Depois eu comunico a reação deles. Certo? Espero suas mensagens. Vocês vão dar apoio e alegria a eles.

Nota do Pereglinker:
Infelizmente, muito mais brasileiros do que imaginamos se encontram presos no Japão. A maioria deles são jovens e muitos se envolveram com drogas. Muitos podem pensar que essa é uma triste realidade decorrente da irresponsabilidade desses jovens. Sim, com certeza eles foram presos porque fizeram algo que não deveriam. Porém, não podemos nos esquecer de que todos nós cometemos erros e, como adultos, temos uma parcela de culpa por esses jovens estarem lá. Muitos deles se perderam na vida por falta de orientação, por abandono, por falta de amor de uma familia e omissão das pessoas que os cercavam. Que tal ajudá-los a mudar de vida com uma mensagem?

Participem dessa bela campanha de solidariedade do Pe Olmes!